quinta-feira, 22 de novembro de 2012

SINASEFE BAHIA: UM BALANÇO, UMA DECISÃO



Nos anos de 2011 e de 2012, participamos das duas maiores greves da rede federal de educação profissional e tecnológica dos últimos dez anos. Os servidores dos Institutos Federais sentiram na pele o desrespeito do governo federal no que tange a valorização dos servidores públicos da educação. Descaso, negligência e autoritarismo foram as marcas das relações entre Dilma e os trabalhadores. Por isso, professores, técnico-administrativos e estudantes saíram às ruas para mostrar que não aceitaria perder direitos e conquistas.
No entanto, os servidores dos Institutos experimentaram a convivência com práticas sindicais distintas: de um lado a diretoria da seção Bahia, de outro o comando estadual e locais de greve. Numa posição, a maior parte dos diretores sindicais preocupados em não gastar ânimo e recursos financeiros com a mobilização da categoria; noutra, a base dos trabalhadores desejando reforçar as lutas contra os ataques do governo Dilma. Infelizmente, o SINASEFE-BA agiu a reboque dos acontecimentos no último período, com uma direção viciada e desconectada da nova situação do IFBA e do IFBaiano. Daí nasceu a vontade de construir um SINASEFE autônomo e democrático, que contemplasse os anseios da base dos servidores nas manifestações e nas greves travadas, que instituísse uma gestão sindical transparente e participativas das suas deliberações administrativas, financeiras e políticas.
A direção estava muito mais preocupada com dimensões internas e burocráticas do que com a condução dos servidores na luta pelos seus direitos. Desafortunadamente, a direção do SINASEFE-BA parecia estar nos anos 90 e fincada exclusivamente em Salvador, enquanto os institutos se expandiam precariamente Bahia adentro. Não estamos aqui a alimentar um regionalismo tosco, mas sim para contribuir com a construção de um sindicato em sintonia com a nova dimensão multi-campi do IFBA e a unificação que gerou o IFBaiano.
Um dos pontos cruciais na vida recente dos servidores, a expansão da rede federal foi vista a distância pela atual direção do sindicato, incapaz de se constituir como polo de organização do movimento. Às duras penas nós, que constituímos a grande maioria dos comandos de Greve de 2011 e 2012, conseguíamos arrancar do SINASEFE-BA o apoio necessário para a luta.
Além disso, várias lutas não foram travadas pelo sindicato. A postura tímida e despolitizada quando houve a suspensão da progressão docente no IFBA, em agosto de 2010, mostra o quanto a última direção do sindicato não entende que Reitoria é uma coisa, sindicato é outra e este deve estar em defesa dos direitos dos servidores.
O SINASEFE-BA também se mostrou, na maioria dos casos, omisso no combate aos desmandos dos diretores de campus pró-tempore, especialmente nos campi recém-construídos.
Por isso, nós da chapa SINASEFE Autônomo e Democrático queremos colocar as coisas em seu devido lugar e apresentamos um caminho, qual seja: sindicato é para lutar em defesa dos interesses dos trabalhadores, não para ser apêndice da reitoria, governo, partidos ou trampolim para interesses pessoais. VAMOS DECIDIR PELA MUDANÇA DE VERDADE!!!

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